/ Gritos de Minha Alma: janeiro 2011

sábado, janeiro 29, 2011

Botão em flor /


(Para todas aquelas mulheres que foram vítimas inocentes de assassinos da alma, até mesmo dos próprios pais).



Nasceu mulher, doce criança,
Pequeno botão em flor
Que, antes mesmo de se abrir,
Foi tocado e atrofiado
Por um monstro peçonhento.

Aquele vilão maculou
Sua pureza, sua inocência,
Tirou-lhe a espontaneidade,
Deixando-lhe marcas na alma
Que jamais se apagariam...

Tolheu-lhe a existência,
Deixando-lhe medos
Que lhe inibiriam
E não a deixariam viver
Tudo o que poderia ter vivido.

Aquele ser abjeto tirou-lhe
A infância, a adolescência,
Toda a sua capacidade
De se entregar completamente
À vida, à felicidade, ao amor...

Manchou indelevelmente
Aquele puro botão em flor,
Que poderia ter se tornadoUma bela rosa, completamente
Desabrochada e feliz.

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terça-feira, janeiro 25, 2011

Balada para Derinha

Por: Lou Correia


Esta canção, simplesmente,
compõe-se cheia de saudade.
No meu coração amargurado,
há misto de tristeza,
jeito de abandono,
como um barco à deriva,
que perdeu a rota do cais.

.Nesta balada dolente,
vão-se, amargas, minhas lágrimas
caindo, silenciosamente...
dos meus olhos, ora tristonhos,
assim...tão veloz,
tão de repente.

Por que foste tão depressa, amiga-irmã?
Nem de mim te despediste.
Ah, como é fugaz a vida!
.
Foste especial, bem sei,
pois sempre nos deste por certo,
na arte do teu viver,
que o amor é parte de tudo!

Restam-me um vazio no peito,
estas rimas quebradas, sem jeito,
grito rouco, choroso, emudecido,
desde o entardecer de primavera
que te levou para além do horizonte.
.
Mas, lá no céu azul bem alto, eu creio,
dentre os jardins floridos da eternidade,
meio aos doces anjos de ternura,
uma nova flor há de surgir,
igual à linda "flor de miosótis"
do jardim da nossa amizade.
.
Enquanto repousas nos braços do PAI,
escrevo-te estes versos
desarrumados, imperfeitos,
sina cruel desta minh'alma poeta,
que só se inspira, quando sofre,
e escreve falando de dor,
pranto doído,
saudade,
oração,
estrofes,
canção,
nesta balada para ti, Derinha.
Descansa em PAZ!



Agradeço, do fundo do meu dolorido coração, a minha querida amigairmã Lou Correia, por este belíssimo poema dedicado a minha amada filha Derinha, que DEUS levou pra junto de SI, no dia 16 de outubro próximo passado.

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